13 maio 2011

Inspiração

Um ventinho iriártico soprou nos ouvidos da nossa manda Bianca após uma meditação e ela nos presenteou com essa pérola! Somos gratidão!
Celina

CLÃ IRIARTE
             "  Sou como Vento
                       O inicio
                  A parte criativa do começo
                           a velocidade
                                 a partida
                                      a coragem
                             A luta alegre,  inovação
                                      A  imensidão da liberdade
                                  Iriarte eu sou
                              Sou magia e luz, sirvo ao Mestre Jesus
                                          que guia minha espiritualidade
                               Sou a visão que tudo vê
                                              Vejo pelo frontal
                                 conduzido pela sabedoria, cultura e poesia
                                           Pelo poder do frontal conduzo meus passos
                            Com gratidão e humildade eliminando Karmas de escuridão
                                             Caminhando com o coração"
                                                        
                                                               BIANCA IRIARTE

03 maio 2011

nuvem cigana

somos etéreos! somos substância desse amor rápido, veloz, leve e encantador. sopramos calmamente, jogamos pela terra nosso carinho criativo, nossas ações são criativas, somos amor vibrante correndo pelo mundo!

aos meus amores, vocês, filhos do vento!
besitos de Celina



Se você quiser eu danço com você
No pó da estrada
Pó, poeira, ventania
Se você soltar o pé na estrada
Pó, poeira
Eu danço com você o que você dançar

Se você deixar o sol bater
Nos seus cabelos verdes
Sol, sereno, ouro e prata
Sai e vem comigo
Sol, semente, madrugada
Eu vivo em qualquer parte de seu coração

Se você deixar o coração bater sem medo

Se você quiser eu danço com você
Meu nome é nuvem
Pó, poeira, movimento
O meu nome é nuvem
Ventania, flor de vento
Eu danço com você o que você dançar

Se você deixar o coração bater sem medo
Se você deixar o coração bater sem medo
Se você deixar o coração bater sem medo

21 fevereiro 2011

um escritor distraído

Compartilho com vocês, queridos, uma descoberta recente: Macedonio Fernandéz (1874-1952). De frescor e leveza inspiradores, esse mestre argentino, cuja obra é um marco na literatura latinoamericana, foi uma inspiração  para os escritores portenhos Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, e tantos outros. Ricardo Piglia falou que ele era "um Marcel Duchamp da literatura". Numa carta a Borges, ele escreveu a pequena pérola:

"Eu estava indo, mas sou tão distraído que no caminho me lembrei que havia ficado em casa. Estas constantes distrações são uma vergonha, e às vezes me esqueço de me envergonhar também."


Alguma inspiração nova te marcou? Me dê um toque para compartilharmos com todo o ayllu no nosso baú de delícias Donde danzan las musas.

Um abracito apertado da Celina.

06 junho 2010

Gratidão...

O desenvolvimento da gratidão é uma experiência evolutiva e uma gloriosa expressão de Vida. Se o homem fosse grato pelo serviço dos elementos que atuam em seu corpo físico, não haveria doenças nele. Cada respiração que é expelida de seu corpo deveria conter alguma consciente expressão de reconhecimento pela Vida. Dessa forma, seriam abertos os canais para todos os bens fluírem. Assim nos ensina um Divino Instrutor dos homens. Gratidão para a Presença e pela Presença de Deus em toda parte. Sua Vida está em Tudo.


Gratidão! Gratidão! Gratidão para Vós! Grato pela Vida Eterna!
Feliz agora! Ocupado agora! Servindo, livre, a Vida!
Grato! Grato! Grato pela oportunidade! Gratidão! Gratidão para Vós!
Desejando que Vossa vontade seja feita eternamente!
Assim Seja!

30 maio 2010

Cântico da Estrada Aberta

A pé, coração alegre, sigo em direção da estrada aberta,
Sadio, livre, o mundo a minha frente,
O longo caminho marrom a minha frente conduz-me para onde acho que convém.
Daqui para frente, já não peço boa sorte, pois eu mesmo sou a boa sorte,
Daqui para a frente, não mais me queixarei, não mais adiarei, nada mais necessitarei,
Porei fim às lamentações interiores, bibliotecas, críticas lamurientas,
Forte e contente, sigo em direção da estrada aberta.
A terra é suficiente para mim,
Não desejo que as constelações estejam próximas,
Sei que elas estão muito bem onde se situam,
Sei que elas bastam aos que lhes pertencem.

(Até aqui transporto os meus antigos e deliciosos fardos, transporto-os - homens e mulheres - , transporto-os para onde quer que eu vá.

Juro ser para mim impossível libertar-me deles,
Estou deles saturado, e em troca, eu os saturo.)

Tu, estrada por onde entro e olho em redor, creio que não sejas tu quando aqui está,
Creio que existem muitas coisas invisíveis.
, os enfermos, os analfabetos não são repudiados;
O parto, a procura apressada do médico, o indigente andarilho, o bêbado cambaleante, o bando de operários com suas gargalhadas,
O jovem em fuga, a carruagem dos abastados, o almofadinha, o par em fuga para o casamento,
O mercador madrugando, o carro fúnebre, o movimento de mudanças na cidade,
Eles passam, também eu, todas as coisas passam, ninguém pode ser interditado,
Ninguém que não seja aceito, ninguém que não seja querido por mim.

Tu, ar que me ajudas com alento para que eu fale!
Vós, objetos que convocais da difusão meus intentos, dando-lhes forma!
Tu, ó luz que me envolves, e a todas as coisas em tuas ondas delicadas e equânimes!
Vós, veredas esbatidas, nas irregulares depressões à margem dos caminhos!
Creio que preservais, latentes, existências invisíveis, e sois tão queridos para mim.
Vós, avenidas embandeiradas das cidades! vós, guarnições laterais! vós, navios distantes!
Vós, casas enfileiradas! vós, fachadas cheias de janelas! vós, tetos!
Vós, terraços e entradas! Vós cumeeiras e grades de ferro!
Vós, janelas cujos vidros transparentes permitiram ver tantas coisas!
Vós, portas e degraus ascendentes! vós, pisoteados cruzamentos!
De tudo quanto tenha tocado em vós, creio que conservastes algo em vós, e agora quereis comunicar-me o mesmo secretamente,
Dos vivos e mortos povoastes vossas impassíveis superfícies, e os espíritos deles se agradariam de ser evidentes e amáveis a mim.

A terra expandindo-se à direita e à esquerda,
O quadro vivo, cada aspecto com sua melhor luz,
A música vibrando onde á solicitada, e cessando onde não é desejada,
E a alegre voz da estrada aberta, o alegre e suave sentimento da estrada.
Ó via principal por sobre a qual caminho, tu me dizes: Não me abandones!
Tu me dizes: Não te aventures, pois se me deixares, estarás perdido!
Tu me dizes: Já estou preparada, bem pisada e jamais recusada, adere a mim!
Ó estrada aberta, respondo-lhe que não temo deixar-te, embora amando-te,
Tu me exprimes melhor do que posso eu exprimir-me,
Serás para mim mais do que meu poema.

Penso que os feitos heróicos foram todos concebidos sob o céu aberto, e também todos os poemas livres.
Penso que poderia fazer uma parada aqui e operar milagres,
Penso que gostarei de tudo quanto encontrar pela estrada,
Penso que todos quantos eu vir, devem ser felizes.

Desta hora em diante, ordeno a mim mesmo que me liberte de limites e linhas imaginárias,
E, como meu próprio senhor total e absoluto, caminharei para onde eu quiser,
Ouvindo os outros, considerando bem o que eles dizem,
Parando, investigando, recebendo, contemplando,
Gentilmente, porém com irrecusável vontade,
Despindo-me dos embaraços que me poderiam entravar.
Sorvo grandes tragos de espaço,

O leste e o oeste são meus, e o norte e o sul também me pertencem.

Sou mais extenso, melhor mesmo do que pensava,
Não sabia que em mim havia tanta bondade.

Tudo parece belo para mim,
Posso repetir a homens e a mulheres, pois tanto bem tendes feito a mim que eu gostaria de fazer o mesmo a vós,
Recolherei para mim mesmo e para vós, quando caminhar,
Disseminarei a mim mesmo entre homens e mulheres quando caminhar,
Espalharei uma nova alegria e rudeza entre eles,
E se alguém me negar, não me preocupará isso,
Pois quem quer que me aceite será abençoado e me abençoará.(...)

Vamos! Quem quer que sejais, vinde peregrinar comigo!
Peregrinando comigo, encontrareis o que jamais se cansa,
A terra jamais se cansa, a terra é rude, quieta, incompreensível a princípio, a Natureza é rude e incompreensível a princípio,
Não vos desencorajeis, persisti, pois existem coisas divinas muito ocultas,
Asseguro-vos que existem coisas divinas mais belas do que as palavras podem descrever.
Vamos! não devemos parar por aqui,
Por mais doces que sejam estas coisas armazenadas, por mais conveniente que esta morada pareça, não podemos deter-nos aqui;
Por mais seguro que seja este porto e por mais calmas que sejam estas águas, aqui não devemos ancorar;
Por mais acolhedora que seja a hospitalidade em nosso redor, é permitido a nós recebê-la por um lapso de tempo.

Vamos! os estimulantes serão maiores,
Navegaremos pelos ínvios mares selvagens,
Iremos para onde os ventos sopram, e as ondas se arremessam, e o veleiro yankee se acelera sob velas soltas.
Vamos! com poder e liberdade, a terra e os elementos,
Saúde, altivez, jovialidade, auto-estima, curiosidade;
Vamos! para além de todas as formas!
Para além de vossas fórmulas, ó sacerdotes materialistas com olhos de morcego.
O cadáver putrefato bloqueia a passagem - não muito longe aguarda o sepultamento.

Vamos! antes, porém, tomai o aviso!
Aquele que comigo segue necessita do melhor sangue, músculos, resistência,
Ninguém se atreva a acompanhar-me, mulher ou homem, se não trouxer consigo coragem e saúde,
Não chegueis aqui, se já tiverdes gasto o melhor de vós mesmos,
Somente podem vir aqueles que venham com o corpo saudável, e resoluto,
Nem os enfermos, nem os alcoólatras, nem os deteriorados terão acesso aqui.

Eu mesmo e os meus não convenceremos com argumentos, símiles, rimas,
Nós nos convenceremos apenas com a nossa presença.

Ouvi! serei honesto convosco,
Pois eu não ofereço os velhos e refinados prêmios, mas ofereço novas e árduas recompensas,
Estes são os dias que vos sobrevirão:
Não acumulareis aquilo que se chama riqueza,
Dissipareis com generosa mão tudo quanto conseguirdes ou ganhardes

Apenas chegados à cidade para a qual tenhais sido destinados, dificilmente instalar-vos-ei satisfatoriamente, antes que sejais convocados por irresistível partida,
Tratareis com risos irônicos e zombarias aqueles que permanecem por detrás de vós:
Sejam quais forem os acenos de amor que receberdes, somente respondereis com apaixonados beijos de despedida,
Não permitireis o controle por parte daqueles que estendem suas astutas mãos para vós.

Walt Whitman

03 maio 2010

Projeto LIVRO PEREGRINO

O que é?
O projeto Livro Peregrino tem por objetivo expandir a consciência ambiental e espiritual nas pessoas através da leitura de bons livros místicos e de cunho ambiental e/ou da divulgação de CDs e DVDs de palestras ou temas instrutivos.
Inspirado no Bookcrossing e na proposta do Livro Livre que têm o objetivo de difundir o hábito da leitura e até lançando mão de seus excelentes resultados, o Movimento Mística Andina por meio do CLÃ DOS IRIARTES propôs esse projeto ao Ayllu e Associação Pachamama.
Acreditando que é possível construir um mundo novo pela mudança de paradigmas e que isso pode ser alcançado através de leituras de boa qualidade, acreditando, como no caso dos já citados movimentos inspiradores, que os livros ou o conhecimento não tem dono e que é justo que todos tenham acesso a esses ensinamentos, esse projeto tem a pretensão de levar ao máximo de pessoas elementos capazes de transformar o dia a dia com base numa mudança interna.
Assim os livros, CDs e DVDs peregrinos, não devem ser encarados como presentes, mas como Mestres Peregrinos, que chegam, deixam suas falas, mas têm como missão em vez de devem seguir seu caminho e tocar outros corações.

de alma a alma

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
(Rumi)